"Vinte e quatro anos servi ao rei"
começa por clamar um soldado que se vê abandonado depois de cumprir
com a sua missão. Abordado duas vezes por Cristo e São Pedro,
disfarçados de pedintes, partilha com eles o que resta do seu pão.
De uma terceira vez, é agraciado por semelhantes entidades divinas com um desejo:
"Desejo que tudo o que quiser
Se meta no meu bornal"
Eis o ponto de partida para um desfile onde figuras divinas interagem
com personagens humanas, caricaturais, num conflito que se furta aos limites do
tempo, satisfazendo os incomensuráveis da condição humana
(a Morte, o Acaso, o Amor,...).