Algumas dos elementos recolhidos Página principal



O espectáculo era montado em cima de um tablado, estrado de madeira elevado, para permitir boa visibilidade. O cenário de fundo era composto por colchas, representando as casas das personagens, servindo as primeiras de meio de entrada e saída em cena.

Os actores nunca voltaram as costas ao público, entrando em cena vindos detrás das colchas e saindo por onde entraram às arrecuas (movimentação esta que se estenderia a outras peças de teatro popular mirandês). Regista-se no entanto uma excepção a este tipo rígido de marcação, o Tonto, que pode tomar nomes como "Crespim" (o caso da peça que levamos à cena), "Setentrião", entre outros.

Esta personagem acompanha todo o decorrer da acção ora auxiliando em prol do seu desenlace, ora atrapalhando os personagens no alcance dos seus desígnios, ora limitando-se a comentar as cenas. A sua marcação é totalmente livre, podendo voltar as costas ao público, interagir com este e com os actores, sem definição prévia, evocando desta forma o Arlequim da Comédia D'el Arte, os Bobos Vicentinos ou os Momos de Corte. Tonto
Este personagem traz consigo a pelota que é um pau mais ou menos torneado e trabalhado, com cerca de 35 cm de comprimento e 2 cm de diâmetro, com uma bola de trapo presa por uma corda atada numa das extremidades do pau. A corda que une a bola de trapo ao pau tem cerca de 30 cm. A pelota tem similaridades formais com a maça de armas (arma medieval que terá sido resultado da evolução bélica do mangual agrícola).

O espectáculo é iniciado com uma "introdução" (a cargo da personagem " profecia") em que é revelado ao público todo o enredo e o seu desenlace.



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