005-Experimentação e generalização dos novos programas

Os Novos Programas de Matemática tentaram responder a estas questões e apresentam inovações de tomo.
Contudo, o período de experimentação revelou, desde o início, inúmeros problemas. Infelizmente estes problemas não foram solucionados e até se avolumaram, de tal modo que tornaram necessário um Ajustamento.
Vários trabalhos foram publicados onde estes problemas são analisados.

Relatórios de estudos do IIE-Instituto de Inovação Educacional:
- "Conteúdos e contextos da Reforma Curricular no 11(o) ano de escolaridade-concepções e práticas de professores experimentadores", Rui Vieira de Castro et al.
- "O processo de experimentação dos novos programas de Matemática-Um estudo de caso", João Pedro Ponte et al.
- "A Aplicação dos novos programas de Matemática do 11(o) ano-Um estudo de caso", João Filipe Matos et al.

Relatos da experimentação ou de pessoas ligadas à experimentação:
- "Novos programas, que generalização para 92/93?", Maria Margarida Graça, Maria Olímpia Máximo, Educação e Matemática , n(o) 19/20, 1991.
- "Reforma Educativa: cresce a insatisfação dos professores", J.C.Silva, Boletim da SPM, n(o) 22, 1992.
- "Graves problemas na "experiência" dos novos programas de Matemática para o Ensino Secundário", Victor Gonçalves, Boletim da SPM, n(o) 24, 1992.
- "A experimentação dos novos programas de Matemática: reflexões e algumas propostas concretas", Victor Gonçalves, Boletim da SPM, n(o) 25, 1993.
- "Programa de Matemática do 3(o) Ciclo - uma reflexão crítica", Dulce Baptista e Judite Barros, Educação e Matemática, 1(o) trimestre 1994.
- "Geometria no 10(o) ano: o fracasso que era previsível...", Eduardo Veloso, Educação e Matemática, n(o) 30, 1994.
- "Experimentadores propõem 5+5+5 horas para a Matemática do Secundário", Lucília Ramalheira e Iolanda Vasconcelos Lima, Boletim da SPM, n(o) 28, 1994.
- "Métodos Quantitativos em debate", Ana Vieira e Paulo Abrantes, Educação e Matemática, n(o) 30, 1994.
- "Como vamos com os novos programa? O que dizem os professores", F. Nunes e H.M. Guimarães, Educação e Matemática, 3(o) trimestre 1994.

Análises pessoais ou de grupos de professores:
- "Novos Programas de Matemática no Ensino Básico e Secundário", Guilhermina Lobato, Educação e Matemática, n(o) 19/20, 1991.
- "Sobre a Proposta de Novos Programas de Matemática para o Ensino Secundário", J.C.Silva, Educação e Matemática , n(o) 19/20, 1991.
- "Os programas de Matemática no Ensino Secundário", João Pedro da Ponte, Profmat, 1992.
- "Contagens, grafos e matrizes nos nossso programas? Talvez um dia...", Paulo Abrantes, Educação e Matemática, n(o) 30, 1994.
- "Reflexão sobre a aplicação dos Novos Programas do 10(o) ano", A.Bernardes et al., Profmat, 1994.
- "Programas do Secundário: algumas reflexões" - 1(o) grupo da Escola Secundária Eng(o) Acácio Calazans Duarte de Marinha Grande, in "Matemática em Ecame", 1995.

Além do mais, a Equipa Técnica recebeu uma quantidade considerável de documentos em que os professores experimentadores e acompanhantes exprimem a sua insatisfação com o decorrer da experiência e reclamam que se tomem medidas adequadas. Num desses relatórios reclama-se que é necessário "Corrigir erros, apontar caminhos" e explicita-se onde: "As indicações metodológicas devem ser mais aprofundadas no sentido de perspectivar, com clareza, o desenvolvimento harmónico dos conteúdos; Indicar, sempre que necessário, os graus de complexidade a exigir ao aluno; incentivar nos professores a vontade de mudança de atitude face às pedagogias directivas; reforçar o papel do aluno na construção dos seus saberes".
O segundo estudo de caso do IIE atrás referido afirma que "o novo programa de Matemática do 11(o) ano aponta para alguma evolução em relação aos antigos programas mas resulta claramente negativo em múltiplos aspectos: deficiente organização e reduzida clareza, o facto de se manter preso da tradição no que respeita aos conteúdos temáticos, a forma tímida e superficial como é abordado o uso da tecnologia e da avaliação. (...) o programa não desenvolve nem articula de forma clara essas ideias [resolução de problemas, ligação da Matemática com a realidade, uso da tecnologia], acabando por constituir um documento sem vida em que as questões fundamentais são abordadas timidamente", e recomenda que "se equacione urgentemente a sua reformulação".
No balanço da experiência feito pelo Departamento do Ensino Secundário reconhece-se que é necessária
"(...) uma melhor articulação entre objectivos, conteúdos temáticos e metodologias. Esta explicitação é fundamental para a sua exequibilidade",
recomenda-se que se efectue:
"uma melhor articulação/maior coerência de itinerário de construção de um pensamento matemático que se deseja nos alunos (...)".
e que se deve rever o programa do Ensino Secundário
"harmonizando de forma explícita os conteúdos, os objectivos e a metodologia (...)".

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