Calculadoras gráficas, JÁ!


Para além de outras sugestões, no sentido de reganhar os professores para as orientações metodológicas dos programas, a introdução das calculadoras gráficas no ensino secundário pode induzir (quase obrigar) novas atitudes por parte dos professores.

Sugerimos já, em parecer separado, que seja tornado obrigatório para os alunos que iniciarem o 10º ano em Outubro de 1995, o uso de calculadoras gráficas. Como sublinhámos nesse parecer, o uso de tais ferramentas integra-se nas orientações gerais dos actuais Novos Programas e só não foi recomendado na altura porque ainda não estavam disponíveis em Portugal. Agora não só estão disponíveis como os preços praticados levam a que as calculadora gráficas de baixo de gama sejam vendidas às escolas entre 9 e 10 mil escudos para os modelos da Texas Instruments e da Casio. Contactos informais com as distribuidoras de tais calculadoras (Dismel e Beltrão Coelho, respectivamente) confirmaram a conclusão óbvia de uma utilização alargada de calculadoras ir fazer cair os preços ainda mais; não se prefiguram assim obstáculos económicos intransponíveis a um uso generalizado de calculadoras gráficas no ensino secundário. Essas empresas estão inclusivamente disponíveis para uma negociação directa com o Ministério da Educação para a discussão de um contrato global de fornecimento ao Ministério da Educação para equipar todas ou parte das Escolas ou para permitir o apoio a estudantes com dificuldades económicas, a preços consideravelmente mais baixos do que os preços comerciais. A Texas Instruments tem ainda prevista a edição em português de material de apoio pedagógico e a edição em parceria com a Editora Gradiva de livros de apoio ao uso de calculadoras gráficas no estudo da Matemática (e da Física). A actividade de associações como a Associação de Professores de Matemática tem já permitido uma grande divulgação das calculadoras gráficas, havendo já muitas pessoas a quem o Ministério poderia encomendar a elaboração de materiais que auxiliassem os professores no uso efectivo da tecnologia no ensino da Matemática (o que tem acontecido aliás de forma muito reduzida até hoje, excepto na área de Estatística; contudo, com uma planificação adequada poderia ser evitado que o mesmo acontecesse com as calculadoras gráficas, até pela sua grande facilidade de utilização e pela maior facilidade da difusão desta tecnologia).

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