Guitarra Portuguesa

     


A guitarra portuguesa é um instrumento muito difundido em Portugal sendo o que mais se aproxima do sentimento Lusitano do povo português.

A guitarra portuguesa tem um timbre de tal modo inconfundível que, onde quer que esteja, qualquer português a reconhece aos primeiros acordes. É um instrumento musical carregado de simbolismo e, à mercê da sua longa aliança com o Fado, é conotado com o "modo de ser" português. Destino, fado e saudade são palavras que naturalmente se associam ao trinado da guitarra portuguesa.

Para interpretar o Fado, nenhum instrumento melhor que a guitarra, está costumada a cantar tristezas desde a mais remota antiguidade e além disso fala tão baixinho  que se faz ouvir, mas não se impõe.

De origem bastante remota, foi outrora designada por guitarra mourisca, por ter certa semelhança com o alaúde, que os árabes introduziram na Península Ibérica.

As origens da guitarra portuguesa remontam à Idade Média, a um instrumento chamado cítola. Esta evoluiu ao longo dos tempos, passando pela cítara, culminando na guitarra portuguesa.

Começando por ser instrumento habitual nos salões da alta burguesia, sobreviveu e transformou-se nas mãos do povo, para se tornar, atualmente, num instrumento popular.

Para a construção de qualquer guitarra portuguesa, usam-se madeiras importadas, já que os fundos e ilhargas da guitarra têm de ser fabricados em pau-santo, ácer ou mogno. O tampo é executado em spruce, ou pinho da Flandres.

Existem três tipos de guitarra portuguesa: a de Lisboa, a do Porto e a de Coimbra, com diferentes tradições de fabrico. A de Lisboa é a mais pequena das três, com caixa baixa arredondada e é a que possui o som mais "brilhante". A de Coimbra é maior, com o corpo assumindo uma forma mais aguçada. A do Porto é semelhante à de Lisboa. Uma das principais diferenças reside na cabeça da guitarra: a de Coimbra possui uma lágrima incrustada, enquanto a de Lisboa apresenta um caracol.