NONIUS
nš11 ISSN 0870-7669 Abril de 1988
Folha Informativa do Projecto "Computação no Ensino da Matemática"

QUESTÕES & RESPOSTAS

Nesta Secção o "nonius" tentará responder a todo o tipo de questões relacionados com a utilização dos computadores que qualquer interessado lhe envie.

"Numa próxima oportunidade poderemos explicar como é possível executar directamente um determinado programa, ligando apenas o computador com a disquete introduzida na 'drive' respectiva..."

Esta questão ficou em suspenso no "nonius" nš 9 (Fevereiro 88).
Eis então a oportunidade referida !

 

Partindo já do princípio de que o ficheiro executável já existe numa qualquer directoria da sua disquete, deve proceder do seguinte modo:

-Criar um ficheiro de comandos ("batch file ") que conterá a sequência de comandos necessária para a execução das tarefas que se pretendem efectuar n.

Esse ficheiro de comandos deverá ter o nome de autoexec.bat (Depois do sistema operativo ser carregado este ficheiro, se existir, é o primeiro a ser executado).

Através de um qualquer editor de texto (exemplos: EDLIN, RPED, VI, ...) edita-se o ficheiro autoexec.bat, tarefa esta feita com o comando (forma geral):

nome do editor de texto autoexec.bat

Bastará escrever neste ficheiro o seguinte:

nome do ficheiro (executável) ou "caminho" para esse ficheiro
cd \

Notas:

1. Se não quiser que os comandos que se encontram no ficheiro autoexec.bat sejam "ecoados" no écran, bastará acrescentar numa primeira linha o comando "batch" echo off.

2. O comando cd \ faz com que, depois do programa ser executado se retorne à directoria raiz.

3. A disquete deve possuir o sistema operativo.

 

Uma perspectiva sobre a introdução dos computadores no ensino
(extracto do relatório Lesourne, Paris, Dezembro 1987)

(...) Um terceiro problema transversal é relativo à influência do progresso técnico sobre a pedagogia, em resumo, sobre o papel do computador na escola. A este respeito, a discussão é profunda no corpo dos professores. Ao discurso fascinado de alguns, opõe-se a indiferença manifestada por muitos e o discurso polémico e hostil de uma forte minoria, mas um quarto grupo começa a aparecer, o dos professores conquistados para uma prática raciocinada da informática na escola. Que evolução deveremos esperar? A observação histórica e a reflexão prospectiva sugerem algumas conjecturas a este respeito:

- O problema não se reduz apenas a uma questão de disponibilidade de material como o último decénio o mostrou claramente.

- A introdução da informática na pedagogia encontra dificuldades profundas: desconfiança dos professores em relação a uma ferramenta que não dominam, perca de autonomia em relação aos seus alunos, inutilidade de uma simples transposição das práticas precedentes, inadequação de um estatuto que define o serviço como horas de aulas, insuficiência de programas de computador.

- A prazo, contudo, a combinação de ajudas pedagógicas, do livro às videocassettes e à telemática, deveria permitir, como dantes um manual, uma melhoria sensível da qualidade da formação. Mas, com a condição de os professores serem colocados numa situação em que as ajudas pedagógicas estejam ao seu serviço.

- Deveria igualmente desenvolver-se, --- através da utilização da televisão e da telemática --- um ensino à distância que permita uma educação personalizada de qualidade, mas é preciso estar consciente de que este novo modo de transferência dos conhecimentos implicará uma mudança dos conteúdos e dos métodos. Emissões de televisão educativa teriam por outro lado o mérito de desenvolver na opinião pública a consciência da importância dos problemas da educação.

- Donde, uma última condição a satisfazer: dar a equipas constituidas por informáticos e professores confirmados os meios de realizar programas educativos de valor.

 

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